Fluído de freio: precisa trocar?
Sem lenga lenga: a resposta é um grande SIM! Fluído de freio de motos, um componente essencial do sistema de frenagem dotado de freio a disco, não é eterno, e exige verificação regular do nível e troca periódica.
No caso da moto mais vendida do Brasil, a Honda CG 160, ou mesmo da CBR 1000RR Fireblade, a mais potente das Honda, a substituição do fluído de freio deve acontecer a cada dois anos, enquanto a verificação do nível do reservatório precisa ser feita a cada 6.000 km. Tudo isso consta da tabela de manutenção do manual do proprietário, a “bíblia” de quem quer ter uma moto em perfeito estado.
O fluído de freio em motos serve para atuar como elemento de ligação entre alavanca/pedal de freio e os pistões localizados no cáliper – ou pinça – de freio. São estes pistões que recebem a pressão aplicada pela mão ou pé do piloto nos comandos e por meio da compressão do fluído de freio as transmite às pastilhas de freio. E é o atrito entre as pastilhas e o disco de freio o fator responsável pela redução da velocidade da roda e, consequentemente, da motocicleta.
Muitos pensam que o fluído de freio não sofre desgaste, mas a verdade é que, com o passar do tempo – e das sucessivas frenagens –, as propriedades do fluído de freio acabam por se comprometer, resultando em piora da performance de frenagem.
Quando o fluído de freio se deteriora, a capacidade de transmissão da energia hidráulica do comando do freio à pinça fica prejudicada. Na prática, o que o motociclista sente é uma mistura de sensações: a alavanca fica “borrachuda”, perdendo a capacidade de atuar com a devida força no sistema. E mesmo atuando no comando com mais energia, a frenagem não corresponde ao padrão ideal. O mais grave é quando o comando simplesmente afunda de vez e faz com que o freio não funcione mais. Que medo!
Tal situação, crítica, perigosíssima, se dá em dois casos distintos: quando ocorre uma improvável perda de fluído de freio por conta de vazamento no sistema ou quando ocorre o superaquecimento dos freios, motivado por uso intenso, excessivo. Nesta condição de utilização extrema, o fluído de freio “ferve” e perde suas propriedades físicas de atuar devidamente, a de manter sua capacidade de resposta à ação dos comandos.
Fluídos de freio de boa qualidade, novos, tem altíssima capacidade de resistir à superaquecimento sem perda eficiência. Porém, com o tempo de utilização, a tendência do fluído é de absorver umidade, o que o faz perder suas características ideais.
A troca do fluído de freio de sua moto deve ser realizada em concessionária autorizada. É uma operação rápida, mas que exige atenção e experiência. Outra vantagem de buscar o serviço autorizado é a certeza de contar com o melhor fluído de freios, o novíssimo Pro-Honda. Todavia, a simples inspeção do nível pode e deve ser feita constantemente: basta sempre dar uma olhada nos reservatórios, que tem visores ou são translúcidos. Todos têm indicador de nível, permitindo verificá-lo e identificar a necessidade de levar sua moto ao concessionário para uma revisão do sistema, reabastecimento ou troca do fluído, e assim e garantir sua segurança.
Fonte: Na Garagem (https://www.honda.com.br/motos/blog/fluido-de-freio-precisa-trocar)